SÃO PAULO - O promotor Maurício Antônio Ribeiro
Lopes entregou nesta quarta-feira, 24, no Tribunal Regional
Eleitoral (TRE) de São Paulo, as alegações finais do processo contra
o deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR)
, pedindo a condenação do deputado eleito pelos crimes de falsidades
material e ideológica.
A ação apura se Tiririca fraudou a declaração de escolaridade entregue à
Justiça Eleitoral durante o processo de registro de sua candidatura e se ele é
analfabeto. No último dia 11, Tiririca se submeteu a testes de leitura e escrita
 que servem de base para a decisão do juiz da 1ª Zona
 Eleitoral de São Paulo, Aloísio Sérgio Rezende Silveira, responsável
por julgar a ação penal.
Para o promotor, que teve dois mandados de segurança
solicitando novo exame de redação e leitura para o palhaço
Tiririca negados pelo TRE na semana passada, o deputado
 eleito é analfabeto. 'Impetrei os mandados de segurança
para produzir provas, inclusive pericial, para demonstrar que a perícia
feita não corresponde ao diagnóstico verdadeiro', explica. 'O teste provou
 que ele é analfabeto', conclui.
De acordo com o promotor, o teste de Tiririca concluiu que o deputado
 eleito é analfabeto funcional. 'Tiririca não consegue interpretar um texto
e só consegue juntar sílabas, sem interpretação do que lê', resume.
 'Isso prova que é ele é analfabeto e portanto inelegível', conclui o promotor.
O processo também apura se o documento entregue à Justiça por Tiririca
 foi escrito por outra pessoa, configurando falsidade de documento particular,
explica.
Tiririca também é acusado de ocultação de bens, segundo o promotor.
'A pena para o crime de falsidade ideológica vai de 1 a cinco anos de reclusão,
mas não acredito que ele será preso. O que pode acontecer é que ele
pode perder o mandato eletivo', conclui o promotor.
O processo agora deve ser encaminhado para a defesa do
deputado eleito, que terá cinco dias para apresentar as alegações finais,
explica Lopes.